Muitos conflitos existentes nas empresas tem sua origem na escassez de transparência com que determinados assuntos são tratados.
Sonegamos informações importantes e depois reclamamos do comportamento e do resultado dos profissionais.
É raro, muito raro as pessoas saberem com clareza o que precisa ser entregue, quais são os valores, princípios e práticas e qual o nível de satisfação com relação ao desempenho.
Existem muitas iniciativas por parte das empresas, no sentido de ampliar o diálogo honesto, no entanto, há uma grande dificuldade de se efetivar esta prática. É um assunto que precisa ser discutido com muita sabedoria, para que possamos ter relações mais maduras entre empregadores e empregados.
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Muitas empresas implantam processos como o feedback, treinam suas lideranças, criam programas de melhoria da comunicação e desenvolvem inúmeras ações que podem não trazer os resultados esperados. O sociólogo Domênico de Masi, afirma que onde as pessoas conversam, se relacionam e a cultura organizacional é transparente e verdadeira, o feedback passa a ser algo natural.
Ele enfatiza a importância da honestidade nos feedbacks formais ou informais. Salienta também que esta honestidade deve ser observada em todas as situações. Domênico indica que as empresas precisam ser cada ver mais verdadeiras num ambiente onde a informação flui com mais intensidade e velocidade e no qual a confiança é fundamental, principalmente no relacionamento com as novas gerações.
Sonegamos informações importantes e depois reclamamos do comportamento e do resultado dos profissionais.
Honestidade pressupõe verdade. Não dá para separar uma coisa da outra. Não posso ser honesto num processo de feedback e depois faltar com a verdade no momento em que desligo alguém que trabalha em minha área.
Aliás, a falta da franqueza no momento do desligamento de um profissional coloca o ser humano numa situação extremamente delicada. Muitas pessoas recebem informações enganosas o que dificulta o autoconhecimento e a possibilidade de melhoria e desenvolvimento. Precisamos estar cientes da nossa responsabilidade em situações como estas.
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Ou somos verdadeiros nas relações ou praticamos um jogo de esconde – esconde, que impossibilita a melhoria das competências e o engajamento.
Honestidade e verdade precisam fazer parte dos ambientes organizacionais em todas as suas nuances, afinal não há como ter pessoas comprometidas se elas não sabem onde estão pisando e se não há confiança nas relações.
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