Talvez um dos principais temas de interesse da humanidade em todos os tempos seja mesmo o autoconhecimento. Os seres humanos sempre mostraram-se sedentos por saber mais sobre o funcionamento de si mesmo. Com o movimento de popularização de ferramentas de desenvolvimento humano como o Coaching, Mentoring, Mindfullness entre outras, aconteceu também uma popularização do acesso ao autoconhecimento.
(Dica de leitura: Mas afinal, o que é um Líder Coach?)
Como Coach e como Analista Comportamental, tenho reparado a demanda de pessoas físicas cada vez maior por autodesenvolvimento com foco específico e individual e não em programas de treinamento em grupo. Ou seja, as pessoas estão dispostas a fazer investimentos até maiores para terem acesso a um trabalho focado em si mesmas. Este movimento faz crescer também o tamanho do desafio dos líderes dos dias de hoje no manejo de suas equipes que possuem pessoas que já sabem mais de si do que muitas vezes o líder sabe a respeito dele mesmo.
quem investe em seu próprio autoconhecimento e desenvolvimento mostra que não é bobo
É como uma virada de mesa, onde o recurso humano (sim, eu escrevi isso mesmo – recurso humano), sabe das suas competências, padrões e necessidades comportamentais, estilos de respostas imediatas e principalmente das suas limitações, antes mesmo do seu próprio líder. Eles estão ficando um passo à frente de quem os lidera. Acredito inclusive que isto pode ser uma das causas do também crescente movimento de desenvolvimento de lideranças por parte das empresas, que têm buscado incansavelmente preparar melhor as pessoas que conduzem pessoas dentro de suas organizações.
Não queria escrever isso, mas lá vai: quem investe em seu próprio autoconhecimento e desenvolvimento mostra que não é bobo, passa a não aceitar mais qualquer tipo de argumento e principalmente figura como um possível sucessor daquele líder que “aparentemente” não entende tanto de gente assim. Para apimentar ainda mais esta mistura, temos presenciado a entrada do mercado de trabalho da tão famigerada Geração Y, daqui a pouco teremos os Z sendo seguidos de perto pelos Alpha, afinal de contas o tempo nunca passou tão depressa como na atualidade. Outra coisa que talvez muitos não gostem de ler é que quem lidera atualmente tem certo temor em lidar com estas novas gerações porque: SIM eles são mais ágeis, SIM eles são de certa forma mais desprendidos, e acima de tudo, SIM eles são bem diferentes e não tem sede mas sim fome pelo autoconhecimento.
(Leia também: Coragem Emocional – Como estruturar aquela conversa que você vem adiando)
Tudo isso reforça algumas certezas que eu tinha, tais como:
A) Qualquer um pode ser líder mas liderar não é para qualquer um.
B) Quem sabe muito de si passa a exigir muito mais de quem se relaciona consigo.
C) A primeira preocupação de quem lidera ou pretende liderar pessoas, precisa estar em saber mais e mais sobre GENTE, e como diria Caetano Veloso “gente é outra alegria”.
Se meu texto te deixou curioso ou interessado em saber mais sobre modelos de autoconhecimento, não fique acanhado, envie um e-mail para fabricio@albcon.com.br que eu terei o maior prazer em te ajudar.
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