Uma pergunta muito comum feita a mim, durante as aulas e palestras é sobre o comportamento que o candidato deve adotar durante uma entrevista de seleção. Afinal são tantas orientações, dicas e conselhos que a pessoa fica confusa.
O candidato deve falar muito ou pouco? Ele deve entrar em detalhes sobre os vínculos empregatícios anteriores? É conveniente mostrar-se ambicioso? Ele deve ser cauteloso ao responder e comentar sobre as pretensões com relação a salários e benefícios? Deve mostrar interesse fazendo perguntas sobre o futuro profissional, plano de carreira, perspectivas e oportunidades?
As perguntas são muitas e as respostas geralmente imprecisas. É complicado ser exato ao responder. Dizer com certeza “SIM” ou “NÃO” pode até ser um ato de irresponsabilidade.
Não há uma regra geral que funcione para todos os casos. Muito vai depender do profissional que está conduzindo a entrevista de seleção.
Entrevistadores que trabalham em empresas mais conservadoras, não gostam muito de pessoas arrojadas e inovadoras… e vice e versa.
Temos excelentes entrevistadores, pessoas altamente competentes, mas também temos profissionais que precisam se desenvolver neste sentido.
Este é um processo que não depende somente da qualidade do entrevistado, mas também do entrevistador.
Maus entrevistadores perdem a oportunidade de contratar excelentes profissionais. Esta situação é muito conflitante, pois quando o assunto é selecionar, lidamos com a vida das pessoas e é preciso muita maturidade e responsabilidade.
Os desafios são muitos, é claro. Lidamos com centenas de informações e um grande volume de currículos. Quem trabalha nesta área sabe o quanto é difícil dar a atenção devida a todos os casos.
Por outro lado, pessoas que estão no mercado de trabalho, principalmente aquelas que foram desligadas por iniciativa da empresa, ficam em estado de ansiedade latente. Precisam de palavras de segurança e conforto, além de muito profissionalismo por parte dos hunters e outros profissionais que atuam na seleção.
Não posso responder por todos os profissionais que trabalham nesta árdua tarefa, mas algumas características são muito importantes para mim.
Prefiro as pessoas que mostram atitude, entusiasmo, positivismo e vontade de aprender. Aqueles que têm um brilho nos olhos dão mais segurança e garantia de resultados.
Pense nisto quando for participar de uma entrevista. Observe também quais são as características, as práticas e os valores da empresa que está buscando o profissional no mercado de trabalho.
Entrevistadores que trabalham em empresas mais conservadoras, não gostam muito de pessoas arrojadas e inovadoras… e vice e versa.
Em muitos casos o sucesso da entrevista dependerá mais do entrevistador do que do entrevistado.
Foto: Freepik
Pedro Luiz Pereira
Especialista em Neurociência e Neurocoaching, MBA em Qualidade e Produtividade, pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos, graduado em Economia e Administração, analista comportamental PROFILER, professor de pós-graduação, consultor, Hunter e palestrante. Atuou como executivo nas empresas MCI, Datasul, Pollux Automation e ACIJ, ocupando o cargo de diretor executivo durante 4 anos. Autor do livro “Negociação e Tomada de Decisão” e de vários artigos publicados no Jornal ANotícia, Notícias do Dia, Revista ACIJ e Revista Ferramental. Atualmente proprietário da EURHO Consulting, empresa especializada em processos de R&S de técnicos especializados, cargos de gestão, liderança, treinamento e desenvolvimento, executive search, assessment, mentoria, executive coaching e consultoria organizacional.
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