Ouvimos muito falar sobre os magníficos processos de inovação de empresas como Google, IBM, Facebook, Microsoft, Tesla entre outros, mas a questão é: o que estas empresas tem em comum? A resposta é simples! Elas descobriram que nenhum processo de inovação nasce dentro das máquinas, mas dentro dos indivíduos dessas organizações trabalhando em conjunto em prol de um resultado diferente do que eles já têm. O trabalho conjunto constante e consistente recebe o nome de Cultura. Ela não precisa estar escrita ou ordenada em alguma placa na parede, mas ela parte dos colaboradores em sintonia com os objetivos da empresa.
reconhecer que todo ano teremos que nos transformar é o primeiro passo para a inovação
O desafio diário de Inovar
Fui marcado por uma frase do ex-presidente da Tigre S.A. o Sr. Amaury Olsen quando em uma palestra de 2008 ele disse “todo ano temos uma crise”. Se pararmos para refletir a afirmação é verdadeira e falsa ao mesmo tempo, pois a questão não se baseia no fato de que o mercado está em crise, mas no fato de que nós mesmos é que temos uma dificuldade enorme de encontrar uma forma melhor de fazer o que fazemos. Somos nós quem buscamos colocar nossas atividades da forma mais organizada e rotineira possível para evitar desgaste mental e emocional, mesmo que organizar as coisas desta forma tragam prejuízos pessoais ou para a organização em que estamos inseridos. Por outro lado, reconhecer que todo ano teremos que nos transformar é o primeiro passo para a inovação. A palavra “inovação” é carregada com muita responsabilidade, pois ela tenta resumir uma atividade continua de curiosidade, criatividade e aplicação prática, que nada mais são do que processos formais que ocorrem em nosso cotidiano, mas que por falta de uma cultura de execução ou de vontade para colocação em prática, acaba se perdendo. Em meu ponto de visita, falta uma metodologia que não possibilite que inovações de qualquer dimensão sejam perdidas.
(Leia também – 2017 um cenário propicio para criatividade e inovação)
O Alicerce da Inovação
A discussão então passa a ser a da importância de existir uma metodologia para colocar inovação na prática. Entretanto, um elemento chave para que uma metodologia de inovação seja colocada na prática é a motivação pessoal de quem quer inovar. Seja dentro de uma organização de grande porto quanto de um pequeno negócio familiar, o elemento chave é que as pessoas estejam dispostas a contribuir efetivamente com o processo. Isto não nasce da noite para o dia e nem pode ser um processo forçado, este processo de aplicação de metodologias para inovação deve partir de dentro dos colaboradores ao enxergar benefícios reais e numa frequência relevante. Assim surgirá naturalmente uma cultura voltada para resultados inovadores.
(Que tal complementar sua leitura com o artigo – Líder: motivador ou gerador de engajamento)
Inovar é a única estratégia real de sair das crises que passaremos nos próximos anos. Mas não basta simplesmente colocar a inovação como uma palavra na propaganda ou nos valores da organização. Ela tem que criar um processo ativo voltado para ajudar os colaboradores até o ponto em que a rotina seja a própria inovação, criando assim estrategicamente aquilo com que todos sonhamos: uma Cultura de Inovação.
David Escobar
Advogado com experiência na área Jurídica Empresarial, com dedicação especial em gestão de Propriedade Intelectual. Atuou como coordenador Jurídico na Tigre S.A. onde desenvolveu projetos de gestão jurídica, Governança Corporativa, M&A, Propriedade Intelectual, além de ter formado uma ampla rede de profissionais no continente americano. Atualmente é empreendedor na empresa 4C Innovation e na Startup PMEx, ambas voltadas para o desenvolvimento de novos produtos com foco no atendimento das necessidades do mercado. Realizou operações Fusão e Aquisição em países como Equador, Peru e Estados Unidos. Vasta experiência em operações e negociação de contratos envolvendo royalties e transferência de tecnologia. É Graduado em Direito pela UNIVILLE e com pós-graduação em Direito Empresarial pela FGV e em Gestão de Negócios Internacionais pelo INPG. Realizou cursos na ABAPI e na Universidad Austral (AR), além de estudos sobre Governança Corporativa no IBGC.
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