Blog RHThink
Hub de Insights e Opiniões sobre Gestão de Pessoas, Liderança e Comportamento
  • Principal
  • Sobre
  • Contato

O que é mais importante para você: Trabalhar ou ter Tempo Livre?

Simone Klober janeiro 31, 2017 Comportamento

A resposta a essa pergunta poderá vir precedida por um “Depende”. Depende pois há incontáveis variáveis relacionadas à forma de cada utilizar o seu tempo. No entanto, independente do que vier depois do “depende”, a questão central aqui é: o tempo pessoal pode ser considerado de outras maneiras que não somente a divisão entre trabalho e tempo livre.

Embora em alguns momentos da vida juremos de pés juntos que gostaríamos de ter todo tempo livre e não precisar fazer nada, Erick Berne, criador da Análise Transacional, afirma que todos temos três fomes psicológicas, assim como nosso corpo tem fome de comida e descanso. Uma delas é justamente a fome por estruturação do tempo. E fazemos isso, segundo o autor, para evitar a dor do tédio. (Leia também – Produtividade e Analise Transacional http://bit.ly/2jrRuZf)

Do berço ao túmulo, a questão do que fazer do tempo é para nós uma das mais primais. Os antigos gregos e hebreus, embora tivessem conhecimento do tempo do relógio (Chronos), consideravam como mais importante o preenchimento do tempo com contados significativos (Kairos). As horas, dias, meses ou anos não eram o seu foco de interesse, mas a maneira como eram preenchidos com fatos e seus significados e a forma que cada um reagia á eles. Para eles, era isso que dava significado ao tempo.

Você já experimentou surpresa quando o relógio acusou que estava na hora de ir no meio de uma atividade prazerosa? É possível que a situação vivida tenha sido tão significativa que você simplesmente se distanciou do tempo. Também é comum experimentarmos a sensação do tempo se arrastar. Nesse caso, é possível que a situação em que estávamos envolvidos tinha pouco ou nenhum significado percebido.

O corpo humano parece ter os seus próprios relógios. Certos padrões biológicos tais como respiração, batimentos cardíacos, operam em ciclos muito curtos. Outros, tais como a fome e o ato de comer, a sede e o ato de beber, trabalho e descanso, levam mais tempo para completar o ciclo. É o relógio do corpo também que diz a uma pessoa quando acelerar, quando parar e quando o corpo não está bem e precisa de cuidados.

Durante o ciclo de vida de uma pessoa, esse relógio assinala a passagem da juventude, a maturidade e o ocaso da velhice. É preciso certa coragem para encarar seu próprio relógio, especialmente quando sua mensagem é de que está ficando mais velhos ou que estamos prejudicando nosso corpo de algum modo. Mas é preciso. Segundo a Analista Transacional Muriel James “Controlar o seu próprio tempo – o tempo do relógio, o tempo significativo e o tempo biológico – é importante para desenvolver eficientemente um ser em relacionamento”.

Mas de que forma a maneira que estruturamos nosso tempo está ligada à nossa habilidade de relacionamento interpessoal? (Leia também – Tempo é Vida http://bit.ly/tempoevida)

O corpo humano parece ter os seus próprios relógios

A Análise Transacional distingue seis formas de estruturação do tempo social, isto é, seis alternativas de comportamento social à sua escolha que caracterizam o tempo de interação com outras pessoas. São elas: Isolamento, Rituais, Passatempo, Atividades, Jogos e Intimidade.

Essas formas traz graus diferentes de interação, reconhecimento e exposição e, consequentemente, preenchem de forma diferente a necessidade de interação genuína e verdadeira que todo ser humano possui. Nós podemos ir de um extremo à outro escolhendo o isolamento como uma forma de não interação ou a intimidade, preenchendo nosso tempo com contatos verdadeiros e abertos.

Embora haja pessoas reclamando que não tem controle algum sobre o tempo que parece “atropelá-la” é importante estarmos conscientes de que somos nós que escolhemos como utilizar nosso tempo. Desligar o piloto automático e conscientemente escolher utilizar o tempo de forma significativa trará possibilidades diferentes de nos sentirmos vivos, plenos e felizes. Ou, nas palavras de Eric Berne, poderemos estruturar o tempo com mais intimidade e mais vida.

Se a forma de utilizar o tempo é uma escolha, com quanta vida você tem preenchido o seu tempo?

Simone Klober

Simone Klober

Founder do projeto AnaliseTransacional.com, Membro Certificado na área Organizacional em Análise Transacional pela UNAT. Graduada emPsicologia pela ACE - SC. Mestre em Gestão Estratégica das Organizações pela ESAG – UDESC. Formação em Dinâmica dos Grupos pela SBDG. Formação em BPM – Gestão de Processos de Negócio – Aura Portal da Espanha. Formação como Conselheira de Administração pelo IBGC. Sócia da CCeG

Mais posts - Website

Redes Sociais:
FacebookLinkedIn

Compartilhar nas redes sociais
Share on Facebook Share
Share on TwitterTweet
Share on Google Plus Share
Share on LinkedIn Share
Tags:Analise Transacional, Ciclo de Vida, Eric Berne, Estruturação do Tempo, Fomes Psicológicas, gestão do tempo, Muriel James, Reconhecimento

Posts Relacionados

  • Proteja sua criança para fortalecer sua postura profissional

    17/10/2017
  • A sustentável leveza do ser

    12/09/2017
  • Trocar de verbo no “achismo nosso de cada dia”

    18/07/2017
  • É hora de dizer SIM. Já aprendemos muitos Nãos

    27/06/2017
  • Faça mais do que te faz feliz!

    06/06/2017

Busca

Redes Sociais

  • Popular
  • Recent
  • Desafios da liderança em tempos de popularização do autoconhecimento 07/06/2017
  • Atitudes e crenças que nos impedem de sair da zona de conforto 21/02/2017
  • A Dor de uma Demissão 01/06/2017
  • Gestão e Liderança: Onde uma começa e a outra termina? 12/01/2017
  • Tempo é Vida 06/12/2016
  • 4 ferramentas para RH que você precisa testar agora 22/03/2019
  • INTELIGÊNCIA EMOCIONAL – UMA HABILIDADE NECESSÁRIA 09/01/2019
  • O EFD – REINF – OQUE VOCÊ PRECISA SABER 14/11/2018
  • INSIGHTS PARA UMA BOA AVALIAÇÃO DE REAÇÃO 05/11/2018
  • 15 COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS E PRÁTICAS DE DESENVOLVIMENTO 24/08/2018

Newsletter

Categorias

  • Carreira
  • Comportamento
  • Desenvolvimento
  • Destaque
  • Gestão de Pessoas
  • Liderança
  • Recolocação
  • Relações Trabalhistas
  • Uncategorized
  • Video

Tags

aceitação Analise Transacional aprendizagem atitude autoconhecimento cerebro Ciclo de Vida coaching comunicação criatividade crise cultura organizacional currículo desenvolvimento desqualificação DISC Domenico de Masi eneagrama engajamento entrevista Eric Berne eSocial estratégia facebook feedback Flow Futuro inovação inteligencia emocional lider liderança Maslow mentoring Mindset motivação Muriel James neurociencia perfil comportamental propósito qualificação resiliencia talentos tomador serviço treinamento zona de conforto

Redes Sociais

Facebook

Posts Recentes

  • 4 ferramentas para RH que você precisa testar agora Romualdo Silva
  • INTELIGÊNCIA EMOCIONAL – UMA HABILIDADE NECESSÁRIA Juan O’Keeffe
  • O EFD – REINF – OQUE VOCÊ PRECISA SABER Neise Nascimento