Já ouvi coisas embaraçosas sobre os fatores que motivam as pessoas. Algumas completamente sem qualquer racionalidade, amplamente comentadas por lideranças, palestrantes, consultores e profissionais de Recursos Humanos. Um destas “coisas” é que o salário não motiva. Penso que nos dias atuais não tenhamos mais dúvidas com relação a isto.
(Que tal ler também – Gerando resultados a partir do engajamento)
Numa sociedade capitalista como a nossa é bastante lógico que o lucro seja um dos principais objetivos das empresas. Lembrando que elas são feitas por pessoas que também buscam individualmente vantagens e reconhecimentos.
Nas últimas décadas as corporações incentivaram comportamentos mais competitivos entre seus empregados. Competitividade não é algo que incentive a socialização, correto?
Ninguém trabalha somente pelo prazer de trabalhar, mas sim para adquirir uma propriedade, bens de consumo, ampliar conhecimento, proporcionar bem estar a si próprio e a família e outras necessidades específicas de cada um.
Ninguém mais aceita a ideia de ambientes sisudos, infelizes e desorganizados. Todas as gerações, especialmente os millenials são mais exigentes em termos de qualidade de vida no trabalho.
Pessoas que são desenvolvidas para serem mais competitivas no ambiente de trabalho, tornam-se mais exigentes e passam a ter outras necessidades além da remuneração. A pirâmide de Maslow (imagem abaixo) explica a evolução neste sentido e tudo mudou muito nas últimas décadas.
Neste ambiente de novas necessidades, temos que recorrer a outros fatores que possam motivar as pessoas e mantê-las por mais tempo em seus postos de trabalho, para que possamos garantir o mínimo de eficiência. É aí que entra o “salário emocional”.
Este salário é de difícil medição e composto de coisas intangíveis, mas seu valor tem crescido nos últimos anos. Afinal vale tudo, ou quase tudo para localizar trabalhadores que atingem suas metas e mantê-los nas operações.
(Dica do editor: Assista ao vídeo – Neurociência e sua aplicação no mundo corporativo.)
O SALÁRIO EMOCIONAL é o índice de satisfação com relação ao ambiente de trabalho. É a motivação gerada pelo respeito e camaradagem entre as pessoas. É a forma cortês como os empregados são tratados por suas chefias. É o feedback profissional e transparente. São os encontros de integração com os colegas. É a atenção dada pelo RH ou pelos líderes quando surgem problemas profissionais e pessoais. É a forma acolhedora da empresa ao receber o novo trabalhador… Resumindo, é aquilo que tem muito valor, mas não é dado em espécie. Não é pago em dinheiro.
Este tipo de salário fideliza as pessoas, cria mais energia e em consequência melhora os resultados.
Ninguém mais aceita a ideia de ambientes sisudos, infelizes e desorganizados. Todas as gerações, especialmente os millenials são mais exigentes em termos de qualidade de vida no trabalho.
Este salário ainda tão negligenciado, custa muito pouco para as empresas, todavia sua inexistência tem custos elevados oriundos do grande fluxo de entrada e saída de pessoas e a baixa produtividade provocada pela desmotivação e falta de engajamento. .
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