No dia 3 de junho comemoraremos o Dia do Profissional de RH. Cabe neste momento fazermos algumas reflexões sobre o cenário em relação à Gestão de Pessoas.
O RH não é uma das atividades mais valorizadas do mercado, prova disto é o pequeno número de diretorias de Gestão de Pessoas em nosso país. Em Joinville temos apenas dois ou três profissionais ocupando esta posição. O mesmo acontece com o cargo de gestor.
Os discursos de que as pessoas são muito importantes não faltam e sabemos que elas realmente são, pois o grande desafio é encontrar a pessoa certa para cada posição, num cenário tão carente de profissionais competentes. (Leia também: Pessoas certas nos lugares certos)
Se isto é verdade, qual o motivo da pouca valorização em relação a estes profissionais?
Primeiramente temos que ter clareza de que muitos executivos dos altos escalões, atualmente conhecidos como CEOs, são oriundos das áreas Financeira, Engenharia e afins, geralmente com visões de curto prazo. O investimento em pessoas não gera resultados imediatos e o RH é visto como uma área consumidora de recursos e não aquela que contribui verdadeiramente para o sucesso nos negócios.
O RH não é uma das atividades mais valorizadas do mercado, prova disto é o pequeno número de diretorias de Gestão de Pessoas em nosso país
Também não sabemos o que move as pessoas e erramos em seleções mal feitas, programas vazios e benefícios que não são valorizados. Temos também aqueles que procuram por palestras de motivação para resolverem os seus problemas. Ledo engodo.
(Que tal ler também: Palestra de Motivação)
Não percebemos que estamos lidando com ambientes de divergência de interesses, quando se trata da relação Capital e Trabalho e é preciso muita inteligência para se conseguir o equilíbrio neste sentido. Sem profundidade não há solução para nenhum dos lados.
Falta-nos também uma visão mais aguçada e crítica. Vivemos copiando práticas que deram certas nesta ou naquela empresa, negligenciando que cada organização tem uma cultura própria. Dicas geralmente são desprovidas de senso crítico, mas todo mundo procura somente por isto.
Precisamos desafiar o estabelecido, todavia grande parte dos gestores de RH não tem coragem para isto, ou a empresa não lhe dá o devido espaço.
Parabéns.
Pedro Luiz Pereira
Especialista em Neurociência e Neurocoaching, MBA em Qualidade e Produtividade, pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos, graduado em Economia e Administração, analista comportamental PROFILER, professor de pós-graduação, consultor, Hunter e palestrante. Atuou como executivo nas empresas MCI, Datasul, Pollux Automation e ACIJ, ocupando o cargo de diretor executivo durante 4 anos. Autor do livro “Negociação e Tomada de Decisão” e de vários artigos publicados no Jornal ANotícia, Notícias do Dia, Revista ACIJ e Revista Ferramental. Atualmente proprietário da EURHO Consulting, empresa especializada em processos de R&S de técnicos especializados, cargos de gestão, liderança, treinamento e desenvolvimento, executive search, assessment, mentoria, executive coaching e consultoria organizacional.
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