Dos sinais de fumaça ao BIG DATA e Projeto LOON a sociedade tem se desenvolvido gradativamente nas formas de se comunicar. Esta evolução tem como objetivo, ampliar uma necessidade básica do processo evolutivo que é a busca por interações sociais.
Viver em comunidades tem sido uma alternativa inteligente para enfrentar os obstáculos que ameaçam a nossa sobrevivência. Nos últimos anos a tecnologia tem acelerado a aproximação dos povos em razão de vivermos numa sociedade cada vez mais sedenta por informações, conhecimento e trocas.
A internet tem disponibilizado a informação como nunca se viu antes. É como se ela estivesse numa prateleira à disposição de qualquer pessoa nos quatro cantos da Terra.
Apesar das vantagens da informação de prateleira, existem aspectos negativos que precisam ser questionados e analisados.
É a internet um meio realmente confiável? Esta é uma pergunta que instiga os educadores e a sociedade em geral, pois não há qualquer preocupação com a seleção do que é colocado à disposição nos sites e redes sociais.
O grande volume também deixa claro que a fração que pode ser absorvida é cada vez menor. Como encontrar os dados, como avaliar as informações e como aplicá-las de maneira proveitosa é outro desafio. O grande entrave é que a quantidade de dados online não garante a qualidade e o uso correto. Portanto selecionar é uma habilidade que as pessoas precisam aprender.
Se não há um filtro que remova o que não presta, o que é irreal e falso, a única saída é o conhecimento dos usuários para o cuidado com os dados disponíveis. Com o intuito de lidar com tanta informação as pessoas precisam ser orientadas a pensar para conseguirem avaliar e discernir o “certo” do “errado”.
Vejo que hoje esta seja a grande missão do sistema educacional e da sociedade em geral, orientando as pessoas para o bom uso do vasto volume disponível. Para que isto possa se tornar realidade é muito importante voltarmos a um modelo de ensino que instigue o questionamento, como fazia Sócrates. É preciso desafiar o “pensar” com mais rigor.
Diante disto podemos afirmar que não basta ter fácil acesso, é preciso, acima de tudo, saber escolher e nesta questão estamos correndo um grande perigo, pois o assunto não é levado a sério como deveria. Estamos entupindo o mundo de informação e a maioria das pessoas não sabe o que fazer com ela.
No Brasil temos uma anomalia adicional. Mais de 120 milhões de pessoas tem acesso a internet, no entanto isto não tem promovido avanço econômico em razão de seu uso, como acontece com outros países.
Este dado mostra muito sobre nosso povo e sua capacidade de assimilação do conhecimento.
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