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Ocupar-se para não preocupar-se

Simone Klober abril 10, 2017 Comportamento, Desenvolvimento

Será que minha proposta será aceita? E se houver cortes na empresa, como eu ficarei? Como vou viver sem minha mãe por perto, quando ela se for? E se eu não der conta? Será que aconteceu alguma coisa, pois ele não chegou até agora…

Perturbações como essas muitas vezes populam nossas mentes quando estamos preocupados, nos roubando a energia, o sono e a paz. Além de nos conduzir a um universo de pensamentos infrutíferos e negativos a preocupação paralisa nossas ações e nos impede de enxergar a realidade como ela é. Acabamos criando cenários complexos e possibilidades assustadoras, resultando em medo e ansiedade desassossegando nossos corações.

A palavra ‘pre·o·cu·pa·ção’ de acordo com o dicionário Priberam, origina do latim praeoccupatio-onis – ocupação prévia. Refere-se ao estado de espírito ocupado por uma ideia fixa a ponto de não prestar atenção em nada mais, envolve inquietação, desassossego e pressentimento triste. A palavra preocupação em inglês (worry) tem origem anglo-saxônica e significa Estrangular ou Sufocar, que é exatamente a sensação que muitas pessoas afirmam ter quando estão preocupadas.

Quem nunca?

Certamente, vivemos muitos momentos de preocupação em nossas vidas, momentos em que a angústia nos invade, sufoca e nos impede de encontrar soluções.

Comparada à aceleração do motor de um carro em ponto morto, a preocupação queima energia (combustível), produz ruídos e libera fumaça que pode nos sufocar e intoxicar, mas nos mantém inertes, e não nos leva a lugar nenhum.

Acelerar mais ou se preocupar mais, não nos faz sair do lugar. A preocupação imobiliza e nos impede de tomar atitudes que promovam mudanças; simplesmente nos mobiliza fazendo com que fiquemos cada vez mais agarrados ao problema, nos impedindo de enxergar o outro lado. Concentramos-nos tanto no problema a ponto de desviar os olhos da solução.

Podemos optar por preocupar-se ou escolher ocupar-se.

Preocupar-se resulta na perda de tempo, e não na solução. É pensamento estéril que rouba energia e cerceia a ação.

Já a ocupação é algo prático, dinâmico e criativo. Refere à de fato fazer algo, colocar-se em ação, exercer o controle sobre determinado espaço ou situação, tomar para si a responsabilidade, exercer e desempenhar uma atividade dedicar-se a tratar de algo.

Para não se deixar levar unicamente pela preocupação, alguns passos podem auxiliar e direcionar suas ações, contribuindo para uma ocupação efetiva.

  1. Invista na análise dos fatos e dados, na existência do que ocorre de fato. Nessa etapa, liste os fatos e dados somente. O que existe sem sua interpretação e julgamento desses fatos.
  2. Analise a importância e significado desses fatos para ter clareza sobre impacto dos mesmos.
  3. Pense em possibilidades de ações para mudar a situação, listando todas as possibilidades que você conseguir identificar, sem censura, quanto mais melhor!
  4. Analise todas as possibilidades e escolha as ações que você percebe que tem mais capacidade para executar. Planeje como coloca-las em prática e ocupe-se delas!

Acelerar mais ou se preocupar mais, não nos faz sair do lugar

Esses quatro passos, relacionados ao conceito de Qualificação da Análise Transacional (Ver mais em Produtividade e Analise Transacional), possibilita olhar para o que acontece sem contaminação, compreender o impacto, pensar em soluções e planejar como agir se ocupando de fato para resolver a situação.

(Leia também – Coragem, Mente e Alma)

Assim, para não sofrer de intoxicação pela preocupação recorrente, é importante ocupar-se com ações efetivas para ver as situações por outros ângulos, buscando a ótica não do problema, mas sim da solução.

Somos seres ilimitados, com capacidades infinitas quando estamos inteiros e conectados com a realidade. Conscientemente focados no aqui e agora, podemos direcionar energia suficiente para ação à medida que escolhemos não mergulhar nas preocupações.

Que tal trocar sua preocupação infrutífera e angustiante pela ocupação para possibilitar a solução?

Simone Klober

Simone Klober

Founder do projeto AnaliseTransacional.com, Membro Certificado na área Organizacional em Análise Transacional pela UNAT. Graduada emPsicologia pela ACE - SC. Mestre em Gestão Estratégica das Organizações pela ESAG – UDESC. Formação em Dinâmica dos Grupos pela SBDG. Formação em BPM – Gestão de Processos de Negócio – Aura Portal da Espanha. Formação como Conselheira de Administração pelo IBGC. Sócia da CCeG

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Tags:Analise Transacional, ocupacao, preocupacao, qualificação, solucao

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