Segundo a Teoria DISC, nosso perfil comportamental pode estar enquadrado como Dominante, Influente, Estável ou Analítico, ou ainda em uma combinação destes. Então anote este número, porque ele é o primeiro fator de nossa equação comportamental: o 4. Você já parou para pensar se os padrões de comportamento parassem aqui? Viver em sociedade exigiria de nós apenas a destreza de saber interagir com outros 3 perfis diferentes do nosso, já que para lidar com àqueles que estão enquadrados no nosso perfil seria ainda mais fácil, afinal se eu souber como funciono, há uma tendência de que saberei como meu semelhante – neste caso, meu parceiro de perfil – funciona também.
Dominantes, como o próprio nome diz, gostam de dominar, comandar, ditar regras e tendências, enquanto os Influentes têm necessidade de criar conexões e ampliar relacionamentos. Por sua vez, os Estáveis perseguem a harmonia e pacificação em tudo que fazem, e por fim, os Analíticos são perfeccionistas e por isso gostam de tudo em conformidade. Mas que bom que não paramos por aqui, afinal os perfis comportamentais são só um fator de nossa operação matemática, na qual incluirei mais uma dimensão: a Dominância Cerebral do modelo mental.
Entre tudo que nosso cérebro abriga, há um conjunto de 4 intelectos que determinam nossa resposta automática às situações pelas quais passamos – mais uma vez nos deparamos com um 4. Experimental, Racional, Cuidadoso e Sensitivo são eles e cada um é responsável por um padrão de resposta que damos frente às situações as quais somos expostos. Com certa economia de palavras, podemos definir que o intelecto Experimental é responsável pelas nossas características mais criativas e inovativas e é bem avesso a rotinas, diferente de seu antagônico que é o intelecto Cuidadoso e como seu próprio nome diz, é responsável pelas nossas características voltadas à métodos e controles e é, de certa forma, avesso à novidades muito grandes.
Já nosso intelecto Racional é responsável pelas nossas características mais lógicas e assertivas, sendo um pouco avesso ao sentimentalismo, diferente de seu antagônico que é o intelecto Sensitivo que é responsável pelas nossas características relacionais e sensíveis e é avesso à frieza. Algumas combinações podem parecer impróprias ou inconcebíveis, mas é perfeitamente possível, por exemplo, alguém que possui perfil Dominante ter como intelecto que o domina o Experimental ou então o Cuidadoso. Pelas minhas contas, até agora encontramos pelo menos 16 combinações de comportamento possíveis, isso se não houvessem outras dimensões, estudos e análise de comportamento com outras visões, mas não é isso acontece na prática.
nosso perfil comportamental pode estar enquadrado como Dominante, Influente, Estável ou Analítico, ou ainda em uma combinação destes
Para fechar a análise simplista a qual se propõe este texto, que tal falarmos das Linguagens de Valorização, defendidas por Gary Chapman, originalmente como 5 Linguagens do Amor, ou seja, as 5 formas pelas quais nós nos sentimos valorizados por alguém e também valorizamos os outros. Por meio de Palavras de Afirmação, Atos de Serviço, Tempo de Qualidade, Toque Físico ou Presentes é que você gosta de sentir-se valorizado, da mesma forma que às pessoas que estão ao seu redor. Agora nossa equação ganha mais um fator – o 5 – tornando possível, no mínimo 80 padrões diferentes de comportamento, afinal é perfeitamente possível uma pessoa “estar” com Perfil Influente, com Dominância Cerebral Sensitiva e com Linguagem Primária de Valorização Palavras de Afirmação.
Confesso que quando pensei neste artigo, quis incluir ainda o Eneagrama com seus 9 vícios emocionais que impactam no nosso comportamento, bem como a Teoria dos Setênios que também influência a forma como levamos a vida, levando a variedade mínima de padrões de comportamento diferentes para um número acima de 5.000, e mesmo assim, nem de longe estes fatores adicionais esgotariam as possibilidades de diferentes padrões comportamentais que, por exemplo pessoas próximas, com a mesma criação, recursos e limitações podem ter. Enfim, o que mais vale de tudo isso é a percepção nítida de que, primeiramente nós não TEMOS UM PADRÃO DE COMPORTAMENTO mas sim ESTAMOS VIVENDO DENTRO DE UM PADRÃO e que se quisermos mudar, com algum esforço podemos implementar melhorias que trarão novidade de vida para nós e com isso também para as pessoas ao nosso redor.
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